quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Frutos do Semiárido



O mousse do Umbuzeiro
Após a colheita e seleção, os frutos devem ser lavados em água corrente e, posteriormente, imersos em uma solução 10 a 20  ppm de cloro para 10 litros de água, para sanitização dos mesmos, por 30 minutos. Posteriormente devem ser lavados novamente em água corrente e potável.

Cozimento dos frutos
Para obtenção da polpa para o processamento de mousse, os frutos devem ser cozidos inteiros com a casca, retirando-se apenas o pendúculo, em um recipiente  com água, de forma que a última camada de frutos fique parcialmente descoberta, por um período entre 8 e 10 minutos, logo após o início da fervura. Quando os frutos apresentarem uma coloração verde claro, deve-se escorrer a água com uma peneira que não permita a passagem dos frutos.
Após a retirada da água, os frutos devem ser passados em uma peneira ou liquidificador, para retirada das sementes e obtenção da polpa para o processamento adequado da mousse. Se não foi processada no mesmo dia, a polpa pode ser armazenada a frio para posterior processamento.
Processamento
Para o processamento da mousse deve ser utilizados 450g de polpa de umbu, 395g de leite condensado e 300g de creme de leite sem soro. A polpa de umbu deve ser adicionada ao leite condensado e submetida a 3 a 4 minutos de batimento em liquidificador. Posteriormente, deve-se adicionar o creme de leite , com homogeneização por 1 a 2 minutos. Esse tempo de batimento produz um mousse de textura firme. Após o batimento, o mousse deve ser acondicionado em recipiente e colocada em geladeira por 3 horas.
Ingredientes da Mousse:  polpa de umbu, leite condensado e creme de leite.

Viver no Semiárido é aprender a conviver


A Cáritas Diocesana de Amargosa  viabiliza juntamente com seus parceiros tecnologias para uma vida com dignidade no Semiárido.

O semiárido Brasileiro se caracteriza não pela pouca chuva, mas pelas chuvas irregulares. Podemos ter um ano com precipitação de 175mm e outro com mais de 900mm de chuvas. E mais ainda: as precipitações podem se concentrar em poucas semanas. 

Este fato, porém, não deve representar entrave para a vida, pois a Caatinga com suas plantas e animais se encontra perfeitamente adaptadas a esta irregularidade. A população humana deve apreender com o comportamento da natureza para a realização dos seus projetos. 

O subsolo do Semiárido possui algumas especificidades que influenciam a capacidade agropecuária e a disponibilidade de água. Em 80% da região não existe lençol freático, pois logo abaixo da camada dos solos rasos, começa o subsolo de cristalino como gnaisse e granito. A água subterrânea só é encontrada em fendas e rachaduras da rocha, em pouca quantidade e muitas vezes salobra. Nos demais 20% de solos encontramos água de boa qualidade, com selos profundos, porém de baixa fertilidade.

Partindo deste conjunto de conhecimento clima/solo/subsolo a Caritas Diocesana de Amargosa tem apresentado propostas e realizado ações apropriadas para o desenvolvimento sócio-econômico-ambiental, levando em consideração essas características naturais do Semiárido.


A Convivência com o Semiárido é um processo da descoberta que nos leva a um modo de vida e produção dentro do contexto ambiental e climático que respeita os saberes e a cultura local e, utilizando tecnologias e procedimentos apropriados, constrói a vivência na diversidade e harmonia entre as comunidades, seus membros e a natureza, possibilitando assim uma boa qualidade de vida e permanência na terra, apesar das variações climáticas.