Nos últimos dia 10 e 11 de junho do ano corrente, aconteceu
no Mosteiro de Jequitibá localizado na cidade de Mundo Novo- Ba, nas
proximidades do município de Rui Barbosa, o primeiro encontro de formação e
planejamento do projeto 1Milhão de Cisterna (P1+2/BR) desenvolvido pelas
Cáritas Diocesanas de Amargosa/Rui Barbosa/ Irecê e Cáritas Regional.
Esse encontro tem como objetivos:
1. Desenvolver formação dos agentes sobre a missão,
princípios e valores da Cáritas Brasileira.
2.
Aprofundar entendimento sobre as ações de
convivência com o semiárido.
3.
Promover a articulação das equipes e das ações
do projeto.
4.
Realização do planejamento em conjunto.
No início do encontro um dos
coordenadores da Cáritas Regional/NE3, o Sr. José Carlos, motivou uma
apresentação em vista de um possível conhecimento de todo grupo. O mesmo relata
que está neste organismo da Igreja Católica (Cáritas) desde 2001 e tem buscado
desenvolver e acompanhar as questões de economia solidária no semiárido
brasileiro. Todos que estavam na plenária se apresentaram e puderam constatar
que a maioria dos agentes desse projeto são novos na experiência de Cáritas,
entretanto estão envolvidos e dispostos a desenvolver um bom trabalho, em vista
de atender de forma satisfatória os objetivos do projeto.
No segundo momento o Sr. Zé Carlos
apresentou a história, missão, diretrizes e prioridades da Cáritas. Que foi
fundada em 12 de Novembro de 1956 pela Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB) e que seu nascimento está no contexto histórico da Segunda Guerra
Mundial e que por isso sua primeira fase está ligada a uma espécie de “assistencialismo”,
pois realizavam juntamente com a Cáritas Internacional a distribuição de roupas
e alimentos. Depois de um tempo de reflexão buscou-se educar a sociedade, não
só dá o pão, mas questionar sobre a causa de tanta pobreza, citou D. Helder Câmara.
Nessa segunda fase da Cáritas nacional (se assim podemos dizer) buscou-se,
através dos financiamentos dos projetos viabilizarem a construção de cisternas e
conscientizar a população do Semiárido Brasileiro que é possível viver com
dignidade nesse contexto geográfico. E que é de fundamental importância a
utilização dos sentidos humanos no momento do contato com as famílias, pois
eles tem muito a nos ensinar, mesmo que temos a teoria que muitas vezes não corresponde
à realidade, esses indivíduos tem sua forma própria de conviver no semiárido,
sendo assim é preciso ser tolerantes com eles, se colocar ao seu lado. Para ratificar
sua fala, Zé Carlos contou que a cisterna de placa foi desenvolvida por um
agricultor familiar do nordeste.
Na missão da Cáritas hoje, somos
chamados a ser exemplo e temos que comunicar o evangelho de Jesus Cristo que
narra um povo que está oprimido em busca da liberdade, esse é também o nosso
ser Cáritas. A sua defesa e promoção da vida se dá na sua ação e suas
tecnologias que são desenvolvidas em parcerias com várias instituições, como a
ASA, Petrobras e outros. Sempre compreendendo que as famílias são os
protagonistas dessa ação.
Para falar sobre a Articulação no
Semiárido Brasileiro - ASA, Agnaldo (da equipe da ASA Bahia) começa sua fala
ressalvando a canção “A triste partida” de Luiz Gonzaga. Sua apresentação
também é utilizada através de slides que trouxe de início, o mapa geográfico
para apresentar o território do semiárido brasileiro.
No trabalho em grupo foi proposto
que os grupos refletissem a partir do que foi apresentado sobre a Cáritas Nacional,
Regional, Diocesana, Paroquiais e sobre a ASA.
No que diz respeito à Cáritas,
foi unânime a importância de ouvir as famílias, da interação que deve se
estabelecer com a família, ou seja, ter os mesmos como protagonista neste
processo.
Representantes da Cáritas Diocesana de Amargosa
Com isso podemos concluir que foi
de fundamental importância esse período informativo e formativo desenvolvido pela
Cáritas Regional NE3, com a Cáritas Diocesana de Amargosa e Rui Barbosa. Além
de favorecer um conhecimento com as pessoas envolvidas com o programa uma terra
e duas águas (P1+2/BR).