quinta-feira, 27 de junho de 2013

CAPACITAÇÃO DAS COMISSÕES MUNICIPAIS


     Aconteceu na cidade de Milagres-BA nos dias (27 e 28\06) a Capacitação das Comissões Municipais das cidades de Itatim, Castro Alves e Milagres. Essa ação tem como objetivo informar qual a função das Comissões nos seus municípios para um melhor desenvolvimento dos projetos da Cáritas Diocesana de Amargosa. Em especial do projeto Uma terra e duas águas (P1+2/BR)


   Após a colhida foi motivada a Mística pelo comunicador social Edcarlos de Jesus, que solicitou as comissões municipais que expressassem em forma de desenho como era a realidade das comunidades em seu município antes da Ação Cáritas. E deu pra constatar que a água representava poder na mãos de poucos e que muitas vezes as famílias era obrigadas a se retirar da sua casa com destino a cidade em busca de trabalho e melhores condições de vida.


  Esse encontro é articulado pela equipe (P1+2/BR) que tem como coordenador Alan Coutinho, gerente Darlan Oliveira Casaldáliga, comunicador social Edcarlos de Jesus contando com a colaboração  de Terezinha Gama educadora do projeto mais água e Mauriza Silva animadora do mesmo projeto.




  Concluímos essa Capacitação com as Comissões Municipais fazendo uma avaliação onde foi expresso a alegria de todos, por essa oportunidade de formação e informação e principalmente de troca de experiência. No final todos receberam certificado com carga horária de 16h.

terça-feira, 18 de junho de 2013

PAA 10 anos: ASA avalia impactos e desafios do programa no Semiárido
Catarina de Angola - ASACom
Recife - PE
12/06/2013
Naidison avaliou as ações do PAA no Semiárido | Foto: Andre Telle/Arquivo ASACom
No último dia 06, o governo federal anunciou o novo Plano Safra 2013/2014, que prevê o investimento de 1,2 bilhão para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O programa completa no próximo mês de julho 10 anos. Sobre as conquistas e desafios do PAA e seu desenvolvimento no Semiárido brasileiro, conversamos com Naidison Baptista, coordenador executivo da ASA pelo estado da Bahia.

ASACom - No Plano Safra 2013/2014, o governo federal destinou R$ 1,2 bilhão para o Programa Nacional de Aquisição de Alimentos (PAA). Que avaliação a ASA faz do programa, que este ano completa 10 anos?
Naidison Baptista – O PAA nasceu no seio do Consea [Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional] e teve um papel significativo no apoio e na viabilização da agricultura familiar. Avaliamos em duas perspectivas esse apoio. De um lado, a dimensão do apoio específico à produção e a compra da produção da agricultura familiar. São inúmeros os produtos e os processos que o PAA apoiou no Brasil e no Semiárido. Em segundo lugar, especificamente o PAA via Conab [Companhia Nacional de Abastecimento] que teve um papel importante na organização da agricultura familiar, pois trabalhou com organizações e não com a compra de produtos de agricultores individualizados, mas comprou através de propostas das suas organizações. Então ele [o PAA] andou muito nessas duas dimensões, que são muito importantes e significativas da agricultura familiar. Avalio que, nesse sentido, o programa teve um papel chave e se a perspectiva de apoio desse novo recurso continuar nessas dimensões seria muito importante e muito significativo.
ASACom - Quais os maiores impactos do programa ao longo desses anos na região semiárida?
Naidison – O Semiárido de um modo especial carece de uma colocação dos produtos da agricultura familiar no mercado. São hortaliças, milho, feijão, produtos como biscoitos, doces, geleias, ovos, frutas e produtos específicos do Semiárido, entre outros. Todos foram abarcados pelo PAA na perspectiva ao incremento do seu processo produtivo e se reforçou através das organizações. Então, a dimensão organizativa da agricultura familiar do Semiárido, teve um reforço muito importante através do PAA.
ASACom -  A ASA já realizou vários debates sobre o PAA. O que as discussões nesses encontros apontaram sobre a integração dos seus programas com as estratégias de execução do PAA?
Naidison – A ASA como uma rede que atua no Semiárido procurou tomar conhecimento dos processos do PAA, procurou mapear como as organizações filiadas à ASA estavam inseridas ou se inserindo, na perspectiva do programa. E a partir desses dois elementos, buscou melhorar a sua interrelação com o PAA. Acho que esses eventos trouxeram uma marca muito significativa nesse sentido. Nós contribuímos significativamente para que o PAA pudesse se interiorizar, aprofundar sua ação, e exercer sua perspectiva de ação melhor no Semiárido. Nós também incentivamos que o P1+2 [Programa Uma Terra e Duas Águas] dinamize sua relação com o PAA na perspectiva em que é um programa de água para produção, mais especificamente de água para a produção de alimentos e que, consequentemente, ele possa se relacionar mais intimamente com o PAA na medida em que o excedente de alimentos produzidos nas propriedades, através dos implementos da segunda água, sejam colocados no mercado. Esse debate cresce e nós avaliamos que ele deva crescer mais ainda agora que nós estamos com essas perspectivas de trabalho com a Petrobras e, futuramente, com o BNDES e a Fundação Banco do Brasil na linha da água para a produção de alimentos.
ASACom - Que desafios a ASA enxerga que ainda precisam ser vencidos na execução do programa?
Naidison – O grande desafio que existe no Semiárido ainda para os agricultores familiares é a questão da terra. Sem a terra especificamente não se pode produzir o que deseja e o que seria necessário para a sustentabilidade do Semiárido. O PAA trabalha com a agricultura familiar e a ASA trabalha com agricultores familiares mais pobres, que estão mais excluídos de quase todos os processos e isso faz com que esses agricultores não tenham espaço de terra suficiente para a sua produção assim como as comunidades tradicionais que são trabalhadas pela ASA como os ribeirinhos, os quilombolas e os indígenas. Avalio que uma dimensão chave é a dimensão do acesso à terra e do acesso ao território. Isso a ASA tem sempre trabalhado, tem sempre questionado e proposto nos seus documentos. Ao lado disso, uma linha de assistência técnica agroecológica e de convivência com o Semiárido e que seja uma assessoria técnica permanente e processual. Hoje, nós ainda não temos uma assistência técnica processual e isso dificulta bastante a produção de alimentos por parte dos agricultores familiares e crédito, não apenas voltado para as cadeias produtivas, para a globalidade da produção. Essa dimensão do crédito ainda é muito difícil de ser alcançada porque embora seja disponibilizado pelo Plano Safra, ao ser viabilizado pelos bancos, é disponibilizado na perspectiva da cadeia produtiva e de sua viabilidade econômica. Isso dificulta elementos da convivência com o Semiárido porque, por exemplo, eu não posso trabalhar a cadeia produtiva da caprinocultura isolada de outros processos, de outras dimensões que existem na propriedade. Porque se olharmos apenas a caprinocultura é quase que uma monocultura dentro do Semiárido e nós sabemos que a monocultura, seja lá onde ela esteja, não é viabilizadora da sustentabilidade do Semiárido. Se a gente olhar para a terra, o crédito, a assistência técnica e outros elementos como a água, é a falta de acesso a eles que impede uma relação mais intensa da agricultura familiar com o PAA. Mas nós vamos gradativamente dando passos e com certeza vamos chegar lá na conquista dessas dimensões, que são fundamentais para a viabilização da agricultura familiar e do Semiárido. E a ASA está envolvida e buscando essa viabilidade.


sexta-feira, 14 de junho de 2013

Encontro de formação e planejamento com o programa uma terra e duas águas (P1+2/BR) desenvolvido pelas Cártias diocesana de Amargosa/Rui Barbosa/ Irecê e Cáritas Regional.



Nos últimos dia 10 e 11 de junho do ano corrente, aconteceu no Mosteiro de Jequitibá localizado na cidade de Mundo Novo- Ba, nas proximidades do município de Rui Barbosa, o primeiro encontro de formação e planejamento do projeto 1Milhão de Cisterna (P1+2/BR) desenvolvido pelas Cáritas Diocesanas de Amargosa/Rui Barbosa/ Irecê e Cáritas Regional.
Esse encontro tem como objetivos:
1.    Desenvolver formação dos agentes sobre a missão, princípios e valores da Cáritas Brasileira.
2.      Aprofundar entendimento sobre as ações de convivência com o semiárido.
3.      Promover a articulação das equipes e das ações do projeto.
4.      Realização do planejamento em conjunto.



No início do encontro um dos coordenadores da Cáritas Regional/NE3, o Sr. José Carlos, motivou uma apresentação em vista de um possível conhecimento de todo grupo. O mesmo relata que está neste organismo da Igreja Católica (Cáritas) desde 2001 e tem buscado desenvolver e acompanhar as questões de economia solidária no semiárido brasileiro. Todos que estavam na plenária se apresentaram e puderam constatar que a maioria dos agentes desse projeto são novos na experiência de Cáritas, entretanto estão envolvidos e dispostos a desenvolver um bom trabalho, em vista de atender de forma satisfatória os objetivos do projeto.

No segundo momento o Sr. Zé Carlos apresentou a história, missão, diretrizes e prioridades da Cáritas. Que foi fundada em 12 de Novembro de 1956 pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e que seu nascimento está no contexto histórico da Segunda Guerra Mundial e que por isso sua primeira fase está ligada a uma espécie de “assistencialismo”, pois realizavam juntamente com a Cáritas Internacional a distribuição de roupas e alimentos. Depois de um tempo de reflexão buscou-se educar a sociedade, não só dá o pão, mas questionar sobre a causa de tanta pobreza, citou D. Helder Câmara. Nessa segunda fase da Cáritas nacional (se assim podemos dizer) buscou-se, através dos financiamentos dos projetos viabilizarem a construção de cisternas e conscientizar a população do Semiárido Brasileiro que é possível viver com dignidade nesse contexto geográfico. E que é de fundamental importância a utilização dos sentidos humanos no momento do contato com as famílias, pois eles tem muito a nos ensinar, mesmo que temos a teoria que muitas vezes não corresponde à realidade, esses indivíduos tem sua forma própria de conviver no semiárido, sendo assim é preciso ser tolerantes com eles, se colocar ao seu lado. Para ratificar sua fala, Zé Carlos contou que a cisterna de placa foi desenvolvida por um agricultor familiar do nordeste.

Na missão da Cáritas hoje, somos chamados a ser exemplo e temos que comunicar o evangelho de Jesus Cristo que narra um povo que está oprimido em busca da liberdade, esse é também o nosso ser Cáritas. A sua defesa e promoção da vida se dá na sua ação e suas tecnologias que são desenvolvidas em parcerias com várias instituições, como a ASA, Petrobras e outros. Sempre compreendendo que as famílias são os protagonistas dessa ação.

Para falar sobre a Articulação no Semiárido Brasileiro - ASA, Agnaldo (da equipe da ASA Bahia) começa sua fala ressalvando a canção “A triste partida” de Luiz Gonzaga. Sua apresentação também é utilizada através de slides que trouxe de início, o mapa geográfico para apresentar o território do semiárido brasileiro. 






No trabalho em grupo foi proposto que os grupos refletissem a partir do que foi apresentado sobre a Cáritas Nacional, Regional, Diocesana, Paroquiais e sobre a ASA.

No que diz respeito à Cáritas, foi unânime a importância de ouvir as famílias, da interação que deve se estabelecer com a família, ou seja, ter os mesmos como protagonista neste processo.  



 
Representantes da  Cáritas  Diocesana de Amargosa

Com isso podemos concluir que foi de fundamental importância esse período informativo e formativo desenvolvido pela Cáritas Regional NE3, com a Cáritas Diocesana de Amargosa e Rui Barbosa. Além de favorecer um conhecimento com as pessoas envolvidas com o programa uma terra e duas águas (P1+2/BR).