terça-feira, 10 de novembro de 2015

Cáritas Regional NE 3 e Cáritas de Angola: troca de experiências e construção de saberes

10 de novembro de 2015


A realização de intercâmbios é uma metodologia usada pela Cáritas como possibilidade de integrar grupos sociais que vivem em realidades distintas, com avanços e desafios a serem superados, e que se reúnem e interagem para aprender e trocar uns com os outros. E foi isso que aconteceu de 03 a 08 de novembro, em Salvador/BA, entre representantes da Cáritas Regional Nordeste 3 e da Cáritas de Angola: troca de experiências e construção de saberes.

O intercâmbio com representantes dos países lusófonos, ou seja, países que possuem a língua portuguesa como oficial, contou com uma programação diversificada e rica em vivências. A delegação de 5 angolanos, sendo 3 mulheres e 2 homens, que trabalham na Cáritas Angolana, visitaram experiências assessoradas pela Cáritas Diocesana de Estância no Estado de Sergipe, além de participarem de momentos de formação e de celebração.
No dia 03/11, na roda de conversa com agentes da Cáritas Diocesana de Estância, seus voluntários e parceiros, como Pastoral da Criança, Pastoral de Oração, Pastoral do Dízimo e Prefeitura Municipal de Estância, os/as participantes dialogaram sobre a relação para “dentro” e para “fora” da Igreja, constatando conquistas e desafios comuns da caminhada pastoral.
Visitas a experiências em Estância/SE
As visitas ao grupo produtivo Estrelícia e à Grupo de Jovens Cooperativistas da Colônia Sucupira-COOPERJOS foram uma oportunidade para a delegação conhecer experiências de Economia Popular Solidária e da gestão de Fundos Rotativos Solidários (FRS). O Estrelícia é composto por mulheres que produzem artesanatos, já a COOPERJOS atua com fortalecimento da produção da agricultura familiar no município de Arauá/SE. As/os angolanas/as demonstraram interesse pela metodologia de FRS e aproveitaram para partilhar os projetos desenvolvidos pela Cáritas de Angola no campo do desenvolvimento rural sustentável. Para encerrar esse dia, o grupo cultural Batucada Navegante fez uma bela apresentação para os/as visitantes.
No dia 04/11 as visitas continuaram. O grupo foi até a propriedade de Sr. Vavá, apicultor da região, e conheceu o espaço de beneficiamento do mel e o local de coleta do produto. Depois, seguiu até a casa do jovem Gilvan para ver a sua produção de horticultura, que é desenvolvida por toda a família de forma agroecológica e é comercializada nas feiras do município. Outro local visitado foi a Agroindústria de beneficiamento da macaxeira a vácuo, espaço em construção e que conta com apoio de recursos do poder público estadual e de instituição financeira internacional. Ao final das visitas, houve uma roda de conversa sobre as principais impressões das experiências e quais sãos as perspectivas atuais e futuras da economia solidária e da produção com base na agricultura familiar no Brasil.
Participação no CONIIR
Após esse momento de vivências, a delegação foi para a Bahia, especificamente, para Salvador, e participou de um encontro na sede da Cáritas Regional Nordeste 3 para conhecer  as experiências desenvolvidas por essa organização. Também foi momento dos/as visitantes partilharem as perspectivas e desafios de Angola pós-independência e o papel da Cáritas de Angola neste contexto, além de quais são os projetos desenvolvidos nas áreas de comunicação, desenvolvimento rural e com mulheres, a exemplo do PROMAICA (Promoção da Mulher na Igreja de Angola).


Ainda dentro da intensa programação do intercâmbio, os/as angolanos/as participaram, de 05 a 07/11, do I Congresso Internacional sobre Intolerância Religiosa e Liberdades Laicas (CONIIR), inclusive, com a contribuição de Filipe João Guia, um dos representantes da delegação, na fala de abertura do evento.



As ocasiões de celebração, como um jantar confraternativo na sede da Cáritas Regional NE3 com a presença de parceiros/as e voluntários/as, foram marcados pela integração, alegria e trocas culturais. A delegação de Angola trouxe na bagagem suas experiências para partilhar, e assim, o fez, e vai levar histórias, vivências e aprendizados para multiplicar e colocar em prática. Essa é o desejo de Sabina Julieta, coordenadora da Promaica na Paróquia Imaculada Coração de Maria da Arquidiocese de Luanda: “Quero replicar no meu país tudo o que pude aprender durante o intercâmbio”.



Fonte:http://ne3.caritas.org.br/2015/11/10/caritas-regional-nordeste-3-caritas-de-angola-troca-de-experiencias-construcao-de-saberes/#.VkInmvvpD1Y.facebook

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